A morte tende a ser uma inevitabilidade da vida, que nos afasta de quem amamos, sempre demasiado cedo – como aconteceu com Katia e Maurice Kraff. Mas não é exagero dizer que, mais do que ninguém, sabiam para o que iam. Falamos de um casal de vulcanólogos mediáticos, pioneiros na fotografia, filmagem e gravação dessas fendas na crosta terrestre – ou seja, material não faltou para fazer este documentário movido a magma, quase impressionista, portento de cor e textura. Um relato sensorial, belo e assustador, de um amor que se confunde com a vocação. Talvez o menos trágico filme de sempre sobre uma tragédia.