Duncan Macmillan propõe-nos uma viagem acelerada pelo tempo de vida de um casal. Uma montanha russa emocional despoletada pela questão de ter ou não ter um bebé. De que falam eles, quando falam? De que falamos nós, quando falamos?
A poética do texto assente num linguajar quotidiano rápido, pleno de sobreposições e banalidades, parece apontar para um questionamento existencial, mas também posicionar-nos enquanto indivíduos pertencentes a uma espécie animal em risco de extinção. Quanto estamos dispostos a ceder para salvar o espaço comum que habitamos? Ainda iremos a tempo? A tempo de quê?