A mala voadora gosta de imagens, gosta de objetos que veiculam imagens, de coleções desses objetos, e dos processos de classificação que, mais objetivos ou mais sentimentais, são usados para ordenar coleções. Também gostamos de deslocar para o teatro esse tipo de material (que o jargão da arte contemporânea inscreve no âmbito do “arquivo”) por ele ser tão ficcional – pelas imagens que contém e pela história das próprias coleções – e, ao mesmo tempo, estranho à tradição do teatro.
As imagens são bidimensionais e costumam ter um modo de existir que é permanente; estão ali, paradas. O teatro não. E o teatro pode transformar-se para que sejam essas imagens colecionáveis os seus protagonistas. Foi isso que fizemos em 2005, em philatélie, com uma coleção de selos, e foi isso que voltámos a fazer agora com notas. Elas são manuseadas sobre uma mesa, analisadas, combinadas e mostradas em tempo real, ampliadas para grande formato, desta vez cheias de brilho, num écran led.
As imagens são bidimensionais e costumam ter um modo de existir que é permanente; estão ali, paradas. O teatro não. E o teatro pode transformar-se para que sejam essas imagens colecionáveis os seus protagonistas. Foi isso que fizemos em 2005, em philatélie, com uma coleção de selos, e foi isso que voltámos a fazer agora com notas. Elas são manuseadas sobre uma mesa, analisadas, combinadas e mostradas em tempo real, ampliadas para grande formato, desta vez cheias de brilho, num écran led.