Um velho casarão apodrece no coração de uma aldeia rasgada ao meio por uma estrada onde os carros já não param. Durante a ditadura, o edifício foi o mais progressista seminário católico português. António, vizinho da frente, cresceu e formou família à sua sombra. Desde a saída dos padres dominicanos, é o seu mais fiel caseiro — guardião dos fantasmas, memórias e corredores despidos de vida. Há anos abandonado, o antigo epicentro da terra poderá estar agora na mira de uma nova vida.
Com assinatura de Filipe Araújo, um documentário que vem dar um novo significado ao Seminário Dominicano de Aldeia Nova, em Ourém. Ao filmar as suas ruínas, o realizador vai mostrando a importância daquele lugar para toda a comunidade de Aldeia Nova e para os rapazes que ali estudaram, entre eles o seu próprio pai, que tinha dez anos quando ingressou no seminário. “Não raras vezes, para me adormecer, o meu pai efabulava a partir de histórias reais do seu passado. De todas, a mais enigmática, tinha como cenário um território povoado por miúdos e homens de branco. Uma enorme casa sem eletricidade nem águas correntes, entalada num vale rodeado de florestas. Foi depois da sua morte que uma inexplicável pulsão me conduziu até esse lugar”.
Com o apoio do ICA, Ministério da Cultura e Sociedade Portuguesa de Autores, este filme conta com a presença de António Oliveira, Dinis Dias e Tonito Oliveira e segue textos dos ex-seminaristas Horácio Araújo, Mário Rocha Creoulo, Fernando Vaz, José Ribeiro, Eduardo Bento, Nelson Veiga, assim como citações do romance “Gente Feliz com Lágrimas”, escrito por João de Melo.
Com assinatura de Filipe Araújo, um documentário que vem dar um novo significado ao Seminário Dominicano de Aldeia Nova, em Ourém. Ao filmar as suas ruínas, o realizador vai mostrando a importância daquele lugar para toda a comunidade de Aldeia Nova e para os rapazes que ali estudaram, entre eles o seu próprio pai, que tinha dez anos quando ingressou no seminário. “Não raras vezes, para me adormecer, o meu pai efabulava a partir de histórias reais do seu passado. De todas, a mais enigmática, tinha como cenário um território povoado por miúdos e homens de branco. Uma enorme casa sem eletricidade nem águas correntes, entalada num vale rodeado de florestas. Foi depois da sua morte que uma inexplicável pulsão me conduziu até esse lugar”.
Com o apoio do ICA, Ministério da Cultura e Sociedade Portuguesa de Autores, este filme conta com a presença de António Oliveira, Dinis Dias e Tonito Oliveira e segue textos dos ex-seminaristas Horácio Araújo, Mário Rocha Creoulo, Fernando Vaz, José Ribeiro, Eduardo Bento, Nelson Veiga, assim como citações do romance “Gente Feliz com Lágrimas”, escrito por João de Melo.