Um filme pode ser só estilo e zero substância? Claro que sim, mas não é o caso deste clássico com Harrison Ford. A história do caçador de humanóides, dispersos por uma cidade traçada a neón, é a ficção científica aparentemente mais linear deste ciclo. Mas sob os arranha-céus e a assustadora imensidão dos outdoors digitais (duas décadas antes de serem uma realidade), há uma intriga muito mais complexa. “Blade Runner” é paranóia e ambiguidade moral, a vertigem do futuro e o fim dos tempos, tudo em simultâneo.