Texto emblemático da dramaturgia vicentina, o Auto da Barca é uma profunda reflexão sobre o comportamento humano e sobre a passagem dos homens neste mundo. Nunca, como nas Barcas, as personagens vicentinas foram tão densamente caracterizadas e tão humanamente retratadas no momento da reflexão daquilo que foi a sua passagem na terra. A dicotomia entre o bem (paraíso) e o mal (inferno) é-nos colocada somente num juízo posterior da nossa vida e dos nossos comportamentos. Os estratos sociais são aqui apresentados de uma forma tão transparente que, por muito que nos custe, tolo seria aquele que não quisesse ver nem ouvir. Texto escrito num tom jocoso e ritmado, cheio de duplos e terceiros sentidos, descomplicado do ponto de vista do seu entendimento, extremamente didático na relação com a literatura, seja ele dramática ou lírica, o que no nosso maior dramaturgo corresponde a ambas. E se todo o teatro é poesia, a poesia de Gil Vicente é do melhor e maior teatro escrito em língua portuguesa.
04 JAN 2024 TEATRO
AUTO DA BARCA DO INFERNO
TEATRO DO BOLHÃO
04 JAN 2024
TEATRO
SALA PRINCIPAL
10:30 + 14:30
PÚBLICO ESCOLAR
TEATRO DO BOLHÃO
A ACE Teatro do Bolhão foi formada em 2002, constituída por um grupo de onze profissionais com direção artística de António Capelo, Glória Cheio, João Paulo Costa, Joana Providência e Pedro Aparício, a que mais tarde se juntou António Júlio. A companhia, sediada no Palácio do Bolhão, tem uma relação sinergética com a ACE Escola de Artes, integrando os/as jovens profissionais formados/as numa equipa de trabalho em constante renovação.
Desde a sua estreia, com A Resistível Ascensão de Arturo Ui, de Bertolt Brecht, em 2003, o Teatro do Bolhão promove um modelo de produção eclético e pluridisciplinar. Levou a cena dramaturgias clássicas – como D. Juan, (2005), Otelo, de William Shakespeare(2009), Édipo (2012) e Ajax (2014), de Sófocles ; contemporâneas – como Quem tem Medo de Virginia Woolf?, de Edward Albee (2004), Começar a Acabar de Samuel Beckett (2006), As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder(2011) ou Três Num Baloiço, de Luigi Lunari (2013); e textos inéditos, como Escreve-me (Nocturno), de Loreto Martinez Troncoso (2014), ou os textos do dramaturgo residente Zeferino Mota Não Tenho Olhar, Mas Mamilos que Endurecem Quando Alguém me Olha (2012), Hierarquia (2015), Eu Serei Shakespeare (2016) e Ninguém (2022).
Outra das vertentes da produção são os espetáculos pluridisciplinares da codiretora Joana Providência, como Pioravante Marche (2003), Mão na Boca (2004) ou Território (2014, nomeado para o prémio autores de Melhor Coreografia, pela SPA) e Inquietações (2016), que abrangem também o público infantil, com peças como A Fada Oriana (2004), A Menina do Mar (2010), Opostos Bem-dispostos (2013), Uma Família é Uma Família (2015) e Uma Ideia de Justiça (2023).
Desde 2010, a companhia tem vindo a dinamizar um Serviço Educativo que promove uma relação contínua e orgânica com a região em que se insere através de workshops, laboratórios e oficinas, e ainda através do Teatro Portátil, que leva às escolas obras literárias lecionadas em diferentes níveis de ensino.
O Teatro do Bolhão é uma entidade financiada pela Direção Geral das Artes – Ministério da Cultura.
Desde a sua estreia, com A Resistível Ascensão de Arturo Ui, de Bertolt Brecht, em 2003, o Teatro do Bolhão promove um modelo de produção eclético e pluridisciplinar. Levou a cena dramaturgias clássicas – como D. Juan, (2005), Otelo, de William Shakespeare(2009), Édipo (2012) e Ajax (2014), de Sófocles ; contemporâneas – como Quem tem Medo de Virginia Woolf?, de Edward Albee (2004), Começar a Acabar de Samuel Beckett (2006), As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder(2011) ou Três Num Baloiço, de Luigi Lunari (2013); e textos inéditos, como Escreve-me (Nocturno), de Loreto Martinez Troncoso (2014), ou os textos do dramaturgo residente Zeferino Mota Não Tenho Olhar, Mas Mamilos que Endurecem Quando Alguém me Olha (2012), Hierarquia (2015), Eu Serei Shakespeare (2016) e Ninguém (2022).
Outra das vertentes da produção são os espetáculos pluridisciplinares da codiretora Joana Providência, como Pioravante Marche (2003), Mão na Boca (2004) ou Território (2014, nomeado para o prémio autores de Melhor Coreografia, pela SPA) e Inquietações (2016), que abrangem também o público infantil, com peças como A Fada Oriana (2004), A Menina do Mar (2010), Opostos Bem-dispostos (2013), Uma Família é Uma Família (2015) e Uma Ideia de Justiça (2023).
Desde 2010, a companhia tem vindo a dinamizar um Serviço Educativo que promove uma relação contínua e orgânica com a região em que se insere através de workshops, laboratórios e oficinas, e ainda através do Teatro Portátil, que leva às escolas obras literárias lecionadas em diferentes níveis de ensino.
O Teatro do Bolhão é uma entidade financiada pela Direção Geral das Artes – Ministério da Cultura.