“Fake” gravita em torno da figura de Norma B.: uma famosa escritora de romances policiais. Na sua bibliografia, encontra-se um título curioso: “Como Assassinar O Seu Marido”, a história de uma mulher que, como o próprio nome indica, não termina sem que o seu marido seja assassinado. É esse título que lhe traz notoriedade, pela circunstância de alguns anos depois, Norma ser detida, acusada pela misteriosa morte do seu próprio marido – um famoso professor de culinária.
Mesmo antes de poder pronunciar-se, Norma é julgada publicamente. A sua obra é a prova irrefutável da sua culpa. Os textos escritos por si para dar voz às suas personagens, às suas criaturas, são imputados à criadora.
Os seus movimentos mudos, escrutinados em todas as redes sociais. Um súbito close-up sobre a forma como transporta um saco de lixo parece dizer tudo, segundo os seus vizinhos. Para a imprensa mundial, a autora de um título tão sugestivo, só pode ter as piores das intenções. A verdade parece evidente, não?
Mesmo antes de poder pronunciar-se, Norma é julgada publicamente. A sua obra é a prova irrefutável da sua culpa. Os textos escritos por si para dar voz às suas personagens, às suas criaturas, são imputados à criadora.
Os seus movimentos mudos, escrutinados em todas as redes sociais. Um súbito close-up sobre a forma como transporta um saco de lixo parece dizer tudo, segundo os seus vizinhos. Para a imprensa mundial, a autora de um título tão sugestivo, só pode ter as piores das intenções. A verdade parece evidente, não?