NOITE BRANCA
Celebramos o encontro entre a imaginação e a técnica em tons suaves que nos remetem para os atos brancos dos bailados clássicos. Celebramos esses momentos através da diversidade que as obras, que compõem este programa, integram. Luís Marrafa, coreógrafo português sediado em Bruxelas, apresenta em estreia absoluta a sua primeira coreografia para os bailarinos da CNB. Yannick Bouquin regressa à Companhia, não como professor convidado, mas agora para coreografar uma nova obra onde a fantasia e o engenho balético são exaltados num pas de deux sobre uma composição de Shostakovich. A graciosidade e inteligência do movimento do mestre Georges Balanchine, é revisitada neste programa através do seu emblemático Concerto Barocco que após 36 anos da sua estreia nesta Companhia, em 1984, regressa agora ao palco do Teatro Camões.
Celebramos o encontro entre a imaginação e a técnica em tons suaves que nos remetem para os atos brancos dos bailados clássicos. Celebramos esses momentos através da diversidade que as obras, que compõem este programa, integram. Luís Marrafa, coreógrafo português sediado em Bruxelas, apresenta em estreia absoluta a sua primeira coreografia para os bailarinos da CNB. Yannick Bouquin regressa à Companhia, não como professor convidado, mas agora para coreografar uma nova obra onde a fantasia e o engenho balético são exaltados num pas de deux sobre uma composição de Shostakovich. A graciosidade e inteligência do movimento do mestre Georges Balanchine, é revisitada neste programa através do seu emblemático Concerto Barocco que após 36 anos da sua estreia nesta Companhia, em 1984, regressa agora ao palco do Teatro Camões.
SNOW
Snow parte de duas constatações interligadas: numa época de galopante sobreaquecimento global, a neve está em acelerada desaparição dos nossos Invernos; com esta desaparição, uma outra, porventura menos preocupante, se anuncia: a ausência de bonecos de neve, esses proto-totems que nos mantinham ligados a uma dada tradição folclórica e mitológica dos povos ditos nórdicos. Desta dupla constatação surge uma proposta coreográfica que coordena dois olhares distintos, mas complementares, ao fenómeno da neve enquanto manifestação física e enquanto projeção social. Assim, se a expressão da forma molecular da neve encontrará eco nos movimentos abstratos de um corpo de bailarinos, a progressiva transformação deste movimento em composições fluidas e mais concretas remeterá para esse outro mundo, entre a fantasia e a realidade, onde habitam seres cujas funções lúdica, religiosa ou supersticiosa se confundem e diluem.
Luís Marrafa | Setembro 2020
SHOSTAKOVITCH PAS DE DEUX
A ideia de coreografar um pas de deux, estruturado a partir do sentido tradicional clássico - adágio, solos masculinos e femininos, coda – está presente em mim há muito tempo. Foi através da pesquisa do vasto e maravilhoso repertório do compositor Dmitri Shostakovitch que encontrei a inspiração para a minha criação. Este pas de deux desafiador da técnica de dança clássica imprime com os seus movimentos fluidos uma imensa alegria em dançar.
Yannick Boquin | Setembro 2020
CONCERTO BAROCCO
Concerto Barocco começou como um exercício para a School of American Ballet e foi dançado pelo American Ballet Caravan na sua lendária digressão sul americana em 1941. Posteriormente entrou no repertório dos Ballet Russes de Monte Carlo. Em 1948 foi uma das três peças no espetáculo inaugural do New York City Ballet e em 1951 Balanchine elemina definitivamente os figurinos originais, vestindo os interpretes com roupas de treino diário, provavelmente a primeira vez que se via aquilo a que passou a ser nomeado como o traje típico de Balanchine para obras contemporâneas. Concerto Barocco, é uma obra abstrata desenvolvida a partir da partitura musical de Johann Sebastian Bach. A coreografia corresponde a uma personificação da música nos corpos dos bailarinos, uma característica muito presente na obra do mestre americano Georges Balanchine.